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24/11/2025ㅤ Publicado às 18:06

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os Encontros Nacionais Sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo [ENSEA] são realizados pela Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo [ABEA] desde 1975. São eventos representativos que visam compartilhar e debater pesquisas e experiências relacionadas à educação em Arquitetura e Urbanismo [AU], com o intuito de fomentar o desenvolvimento do conhecimento em nossa área.

Para 2025, propomos refletir sobre “Convivência e aprendizado: o valor da presencialidade”. Diante dos atuais desafios, as Instituições de Ensino Superior [IES] devem se reinventar, indo além da mera normalização das práticas emergenciais da pandemia. É crucial priorizar a diversidade dos estudantes, revisar estratégias pedagógicas e estruturas disciplinares, integrar a Extensão à matriz curricular e retomar questões urgentes das cidades brasileiras. O ensino superior visa formar profissionais engajados com a sociedade e seu tempo, apoiados por professores, infraestrutura e espaços preparados. No entanto, universidades e a ciência têm sido atacadas por defenderem a revisão urgente dos modos de produção, de consumo e da vida urbana.

É notório que as preferências dos estudantes na interação com o conhecimento mudaram. As escolas recebem nativos digitais, que demandam novas abordagens educacionais. Observam-se dificuldades na comunicação verbal e escrita, na expressão gráfica, na concentração e na construção de conexões sociais significativas, exigindo práticas pedagógicas renovadas. Também há desafios na interação dos futuros profissionais com as demandas locais e regionais e no diálogo com outros atores sociais.

Em cidades cada vez mais desiguais e segregadoras, a presencialidade nos espaços de ensino torna-se mais complexa e indispensável. Em um país de contrastes, onde grandes centros urbanos enfrentam transporte público precário e outros carecem até de calçadas, a vida cotidiana muitas vezes se restringe a espaços vigiados, enquanto o contato remoto também redefine a noção de presencialidade.

 

 

Essas questões exigem a incorporação e o intercâmbio de saberes dentro do ambiente pedagógico. Entre os estudantes, há vivências e conhecimentos diversos, opostos e complementares. A convivência e o aprendizado dependem de um diálogo sensível, respeitoso e inclusivo, capaz de revisar valores e conteúdos, mas que enfrenta grandes desafios para se concretizar. O debate, o confronto de ideias, a comunicação e a troca com os colegas são essenciais para o desenvolvimento do pensamento crítico e inovador, ocorrendo fundamentalmente no espaço social real.

Quais convivências devem ser recuperadas e fortalecidas nos espaços pedagógicos? Quais são os locais de aprendizado e de construção colaborativa do conhecimento? Qual o significado da inteligência coletiva e da desterritorialização, defendidas por entusiastas da tecnologia?

Qual a presencialidade possível e necessária à formação do arquiteto urbanista? Quais as presencialidades que podemos construir na rede? Quais as presencialidades que podemos construir pelas cidades? Que conteúdos curriculares podem se aproveitar dos ambientes virtuais de aprendizagem? Considerando o Brasil como um país continental de vasto território, onde docentes com titulação de Mestre e Doutor estão concentrados nos grandes centros urbanos, assim como, coincidentemente, estão a maioria dos cursos presenciais e dos polos de Ensino a Distância [EaD].

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